Tudo Vira Bosta

Ontem houve revolução com a minha mãe... Passo a explicar...
Eu tive uma conversa (berros, como sempre) que preciso que ela me deixe viver um pouco a minha adolescência. Isto assim muito resumido, ela foi chorar pra cama mas deixou-me fazer o que vou fazer hoje sem nada a perguntar. O território continuará a ser conquistado...

Beijos*

=D

Smile!

Mudar de Curso

Como alguns sabem vou mudar de curso... A minha colega hoje saiu-se com esta pergunta que me deixou a pensar...:

"És burro? Estás aqui a fazer o quê (no teste)?"

Xaninha =/ eu não sou baldas! :$

Mãe...

Eu: Vais jantar?


Mãe: Não


Eu:  Agora é uma nova mania? A de te tornares anorética?


Mãe: Há quem tenha piores manias, manias de ser paneleiro


Eu: Pode ser que isso venha a ser dito à psiquiatra...


Mãe: És um atrasado


Psiquiatra

Olá a todos e todas! =D
Têm acontecido mudanças na minha vida que eu não postei aqui no blog mas que até são relevantes para eu falar na consulta da psiquiatra que humildemente tive ontem.
Bem, pela primeira novidade, vou mudar de curso no Secundário, percebi que afinal não tinha aquela veia das Ciências como a minha mãe previa (eu já tinha ideias para ir para Línguas e Humanidades mas ela pressionou-me para ir para Científicos). Pretendo seguir uma área relacionada com jornalismo, comunicação social. Novidade mais importante: novo passarinho xD
Pronto, a menos importante é que o meu gato foi castrado (e eu estou a dar-lhe ração na boca porque ele não consegue comer com o colar isabelino, o que é extremamente encantador).
A psiquiatra disse após uma pequena análise dos factos (contra factos não há argumentos) que eu não deveria ir para casa do meu pai nestas férias... A min
ha mãe concordou e disse que não valia a pena.
A psiquiatra aconselhou a minha mãe a levar-me a locais onde eu pudesse adquirir cultura, coisas das nossas origens, ou mesmo o estúdio da SIC que ela disse que estava aberto a visitas. Que eu até podia ir sozinho porque também já não era assim tão criança e já sabia cuidar mais ou menos de mim. Ela concordou novamente, mas cá fora concordou e deu-me uma enormíssima vontade de a esganar.
Para o ano começa uma nova vida, e eu já estou a fazer poemas para arrecadar na minha estante de modo a ter stock para os textos livres que a professora de Português manda sempre fazer para colocar no portefólio. Se calhar vou começar agora a dedicar-me à prosa... Quem sabe não farei magia como faço nos poemas. Bem, vai aqui o primeiro do meu stock.

Fome e sede de amor

A pureza não aceite do amor,

Dois seres tão puros.

Ninguém aprova, o mundo rejeita,

É demasiado impuro alega.

Felizmente resistes, amor,

Das sociais coerções.


Quanta resistência tem uma lágrima,

Doce ou amarga, um pranto sem fim,

Resiste quanto pode e pode-o infinitamente.


Infinitamente é hábil.

Pureza do teu coração aprende

Passando perdidamente por ti,

Por caminhos de terra com um vento natural,

Um sol esplendente de Verão,

Uma brisa fresca de natureza do teu coração,

As batidas do teu peito, enfim,

Por campos de papoila frágil e elegante.


Hábil paisagem de saciar fome de beleza

E sede de puridade,

Fome do teu amor,

De querer sempre mais,

Porque acredita, tu dás-me mais.


E quantos prantos e quantas lágrimas,

Quantas belas papoilas eu num campo minado apanharia,

Arriscava perder o meu alento,

Só para te beijar, para te ver feliz.

Para te de perto sentir, e perto ainda.


Quero sentir-te amor, no meu peito,

Sinto fome e sede de ti.


Está lamexas mas pronto, querem melhor? Façam-o ^^

Beijos,

Cláudio


PS: Estou a tentar um corte de cabelo novo, mesmo novo, pente 2 :x

Esta cabeleira dá muito trabalhinho.

Alguém tem uma sugestão para cortes curtinhos?

Obrigado meninos/as.



Mãe


Por favor mãe, dás-me liberdade? Posso visitar um amigo sem ter de ir contigo atrelada a mim? Posso ir a Coimbra sem que tu tenhas que vir comigo, sou irresponsável? Não é isso que dizem. Mãe, deixa-me ser, deixa-me viver, deixa-me... rejuvenescer! Por favor!
Ainda ontem te disse "Quando tiver 18 anos nunca mais me pões a vista em cima". Choraste porquê? Não estavas à espera? Não estavas à espera que a minha falta de liberdade ME IA AFECTAR? MÃE! PÁRA DE ME DEPRIMIR E OPRIMIR, POR SEGUNDOS ODEIO-TE!!!!!!!!!!!!!!!!!


No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe!

Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos!

Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais!

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura!

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos...

Mas tu esqueceste muita coisa!
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha - queres ouvir-me? -,
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:
"Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal..."

Mas - tu sabes! - a noite é enorme
e todo o meu corpo cresceu...

Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas...

Boa noite. Eu vou com as aves!


Eugénio de Andrade, in Antologia Breve



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